A aparente discrepância nos dados do Sistema Único de Saúde, porém, é explicada pela falta de assistência materno-infantil no interior do Estado com a ausência de recursos humanos nos hospitais regionais ou de maternidades e Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para partos de alto e médio risco. A peregrinação das mães potiguares acaba na porta das maternidades da capital: naquele ano, dos 20.762 partos ocorridos em Natal, 8.922 eram de mães que não residiam na cidade.
Rio do Fogo é um exemplo emblemático. O município pactuou 20 partos com Natal. Entretanto, em 2014 foram encaminhadas 102 parturientes para as maternidades da capital. O caso não é específico: de acordo com o DataSUS, entre 2009 e 2013, residentes do município deram a luz à 424 crianças.
O sistema aponta, porém, que apenas seis bebês nasceram onde suas mães vivem. Os números se repetem com intensidade semelhante em cidades como São Miguel do Gostoso, Pureza, Poço Branco e Ielmo Marinho.
Da Tribuna do Norte
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