segunda-feira, 18 de maio de 2015

Municípios são acusados de exportar suas grávidas, Ielmo Marinho na mesma situação.




Pureza, a 65 quilômetros de Natal, foi um dos 40 municípios do Rio Grande do Norte que não registrou ‘filhos’ em 2013. Entretanto, isso tem pouco a ver com a infertilidade das suas moradoras: no mesmo ano, 129 crianças nasceram de residentes da cidade.

A aparente discrepância nos dados do Sistema Único de Saúde, porém, é explicada pela falta de assistência materno-infantil no interior do Estado com a ausência de recursos humanos nos hospitais regionais ou de maternidades e Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para partos de alto e médio risco. A peregrinação das mães potiguares acaba na porta das maternidades da capital: naquele ano, dos 20.762 partos ocorridos em Natal, 8.922 eram de mães que não residiam na cidade.

Rio do Fogo é um exemplo emblemático. O município pactuou 20 partos com Natal. Entretanto, em 2014 foram encaminhadas 102 parturientes para as maternidades da capital. O caso não é específico: de acordo com o DataSUS, entre 2009 e 2013, residentes do município deram a luz à 424 crianças.

O sistema aponta, porém, que apenas seis bebês nasceram onde suas mães vivem. Os números se repetem com intensidade semelhante em cidades como São Miguel do Gostoso, Pureza, Poço Branco e Ielmo Marinho.


Da Tribuna do Norte

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